MÃE TERRA

Toda vez que ouço alguém se referir ao solo como sujo, não posso concordar. Particularmente nos Estados Unidos ouço muitas pessoas chamando a terra de suja.

O que você chama de “meu corpo” é apenas um pedaço do planeta – um acúmulo do alimento que você comeu. Você é apenas um pequeno afloramento desta terra, nada mais, nada menos. Neste momento você é um afloramento  que circula por aí. Após algum tempo você será um montículo. Assim, se você suja a matéria-prima, o produto será sujo.

 

Na Índia, chamamos o solo de Mãe Terra. Ali vemos tudo como ingredientes da vida. É por isso que nos curvamos para o alimento, para a água, o ar, o céu, o sol, a lua, uma pedra, uma árvore – tudo! Não vemos nada como uma mercadoria, como algo que você usa e joga fora. Você não pode usar e descartar coisa alguma nesta vida. As coisas passam por você, ficam com você por um certo tempo e depois se tornam uma outra coisa.

Saudação a terra: saudando o Feminino

A terra é o símbolo da energia feminina que acolhe, que nutre, que sustenta. Apesar de nos dar estabilidade ela sustenta muita fluidez no seu útero para gerar toda a vida que dela brota. 

Essa energia feminina não tem a ver com gênero. Ela está tanto nos homens quanto nas mulheres. Há povos que acreditam que a cura da humanidade está relacionada diretamente a cura da terra, porque a terra é a nossa mãe e não vivemos em paz enquanto não curarmos nosso relacionamento com aquela que nos gerou, nutriu e nos deu a vida. 

Uma das formas de cura com a terra é andar descalço, cultivar uma horta e contemplar o ciclo da vida se transformando em alimento e gerando mais vida.  O que também pode nos ajudar neste processo é ingerir alimentos que venham da terra e sejam mais orgânicos possível, tais como: batatas, inhames, beterraba, cenoura entre outros.

O que a terra tem a nos ensinar é sobre paciência, amor, generosidade e cuidado.

É graças a ela que estamos aqui.

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